Revolta de Sobibor
- 22 de set
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Atualizado: 24 de set

Vista do Campo de Sobibor. 1942 - 1943. Coleção do United States Holocaust Memorial Museum.
Mesmo em condições adversas, prisioneiros judeus iniciaram resistências e revoltas em alguns campos de concentração nazista. Esses trabalhadores lançaram insurgências contra os campos nazistas de Treblinka, Sobibor e Auschwitz-Birkenau. Em agosto de 1943, cerca de 1.000 prisioneiros judeus iniciaram uma revolta, apreenderam armas, picaretas e machados, e incendiaram o campo de Treblinka. Somente 200 conseguiram escapar, e metade deles foi recapturada ou morta pelos nazistas.
Em 14 de outubro de 1943, prisioneiros judeus iniciaram uma revolta no campo de Sobibor, onde 11 membros da SS, incluindo o vice-comandante Johann Niemann, foram mortos. Cerca de 300 pessoas conseguiram escapar do campo, rompendo o arame farpado e atravessando o campo minado ao redor de Sobibor, somente cerca de 50 sobreviveriam à guerra.
O centro de extermínio de Sobibor foi estabelecido pela Alemanha nazista para assassinar judeus. Sobibor foi construído no final de 1942, por autoridades policiais e as SS alemãs. Esse centro foi erguido como o segundo campo de extermínio no âmbito da Operação Reinhard, um plano implementado pelas SS e pelo Líder da Polícia em Lublin.
A partir de 1943, os prisioneiros de Sobibor assistiam a um declínio no número de vítimas enviadas para serem assassinadas nas câmaras de gás do centro. Isso gerou muitos boatos entre eles, entre esses rumores, o de que o campo de extermínio seria desmantelado em breve e todos os prisioneiros assassinados. A primeira ação para planejar a fuga foi organizada por um grupo de judeus poloneses liderados por Leon Feldhandler, mas essa equipe necessitava de pessoas com habilidades militares, então fizeram pouco progresso.
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Em setembro, um grupo de prisioneiros de guerra do Exército Vermelho chegou de Minsk, o comitê os procurou em busca de conselhos. Em apenas três semanas, um plano detalhado havia sido elaborado pelo tenente Alexander Pechersky. A revolta foi marcada para um dia em que os principais comandantes de Sobibor não estivessem no campo. Inicialmente, os prisioneiros soviéticos matariam alguns dos oficiais da SS. Então, quando os cerca de 600 prisioneiros se reunissem para a chamada noturna, os prisioneiros soviéticos disfarçados atacariam os guardas no portão e nas torres, incitando os prisioneiros judeus a fugir.
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Na tarde de 14 de outubro de 1943, iniciou-se a revolta. No Campo 1, alguns judeus convidaram o vice-comandante, Johann Niemann, a ir até a alfaiataria para fazer um terno. Ele foi assassinado com um machado. No Campo 2, o sargento da SS Josef Wulf foi atraído para experimentar um casaco no depósito de pertences dos prisioneiros judeus, e também foi morto com um machado que havia sido roubado da cozinha. Durante a primeira hora, cerca de nove membros da SS seriam mortos de maneira semelhante.

Oficiais no centro de extermínio de Sobibor. Imagem de: United States Holocaust Memorial Museum.
No momento da chamada, o restante dos guardas desconfiou dos prisioneiros e abriu fogo contra eles. Os membros da resistência responderam com armas de fogo, e mais de 300 prisioneiros conseguiram escapar do campo.
Muitos prisioneiros foram mortos durante a fuga do campo de Sobibor, alguns baleados ou nos campos minados ao redor do campo. A SS conduziu uma grande caçada onde pelo menos 100 prisioneiros foram recapturados e mortos pela polícia e unidades militares alemãs nos dias seguintes. Dos 200 prisioneiros que não foram capturados imediatamente, somente 50 sobreviveram à guerra, muitos deles com a ajuda da população local.

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Como parte do plano, os prisioneiros mataram onze membros da equipe da SS de Sobibor. Mas todos os prisioneiros restantes que continuaram lutando no campo durante a noite – foram fuzilados no final do dia seguinte, 15 de outubro.
Logo após o ocorrido em Sobibor, a SS trouxe um grupo de judeus de Treblinka para demolir as instalações e apagar os vestígios da verdadeira função de Sobibor. Em novembro de 1943, esses prisioneiros também foram assassinados.
Fonte: United States Holocaust Memorial Museum





