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Aulas são interrompidas após onda de protestos antissemitas em universidades dos EUA

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Aulas são interrompidas após onda de protestos antissemitas em universidades dos EUA - História em Destaque

Protestos antissemitas na Universidade de Nova York. Imagem CNN.


A Columbia University cancelou as aulas presenciais após atos antissemitas, onde mais de 100 manifestantes pró-palestina foram presos na semana passada; outros manifestantes também foram presos na Universidade de Nova York e em Yale, e os portões de Harvard Yard foram fechados ao público nesta segunda-feira.



Na semana passada, manifestantes acamparam na Columbia University e em universidades de todo os EUA, enquanto as escolas lutam para saber como lidar com a onda antissemita.


Na segunda-feira (23), o acampamento montado por estudantes antissemitas, apoiados por universidades marxistas, incluindo a própria Columbia, aumentou para centenas de manifestantes. Universidade disse que alertou a multidão para deixar o acampamento, chamou a polícia, e tomou conhecimento de relatos de “cânticos intimidadores e vários incidentes antissemitas”.



As manifestações antissemitas colocaram estudantes uns contra os outros, com estudantes pró-palestina exigindo que suas escolas condenassem o ataque de Israel a Gaza, e apoiando o fim de Israel e dos judeus. Os estudantes judeus dizem que os ataques antissemitas apoiados por universidades marxistas os deixaram inseguros, e destacam que o grupo terrorista Hamas ainda mantém reféns feitos durante o ataque terrorista do grupo em 7 de outubro de 2023.



Devido às tensões, os portões do campus em Columbia foram fechados para pessoas sem carteiras de estudante, onde protestos eclodiram dentro e fora.


Segundo a Associated Press (AP), a deputada norte-americana do partido democrata, Kathy Manning, “falou aos repórteres após se reunir com estudantes da Associação Judaica de Estudantes de Direito que ‘havia um enorme acampamento’ com um grande número de pessoas que haviam assumido cerca de um terço do gramado”.


“Vimos sinais indicando que Israel deveria ser destruído”, disse Manning. A Universidade de Columbia anunciou que “os cursos no campus Morningside oferecerão opções virtuais para os alunos quando possível, citando a segurança como principal prioridade”, diz o artigo da AP.



No campus, uma mulher liderou dezenas de manifestantes, cantando: “Do rio ao mar, a Palestina será livre!” – uma frase carregada de antissemitismo, que significa o fim do estado de Israel e dos judeus.


“Para diminuir o ódio e dar a todos nós a chance de considerar os próximos passos, anuncio que todas as aulas serão ministradas virtualmente na segunda-feira”, escreveu Minouche Shafik, presidente da universidade.


O antissemitismo de estudantes universitários nos EUA se intensificou após o ataque terrorista do Hamas ao sul de Israel, quando 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 pessoas foram feitas reféns.  Segundo o governo palestino – controlado pelo Hamas –, durante a guerra que seguiu, as forças de Israel mataram cerca de 34 mil palestinos na Faixa de Gaza.



Segundo a AP, no último domingo (23), o rabino da Iniciativa de Aprendizagem Judaica da União Ortodoxa em Columbia, “enviou uma mensagem no WhatsApp a quase 300 estudantes judeus recomendando que fossem para casa até que fosse mais seguro para eles no campus”.


O estudante judeu de 19 anos disse que os manifestantes antissemitas do fim de semana estavam “pedindo que o Hamas destruísse Tel Aviv e Israel”.


“Os judeus estão com medo em Columbia”, disse ele. “Tem havido muita difamação do sionismo, e isso repercutiu na difamação do judaísmo.”


O acampamento antissemita em Columbia surgiu na quarta-feira, no mesmo dia em que a reitora Shafik enfrentou críticas dos congressistas republicanos em uma audiência no Congresso, que disseram que ela não tinha feito o suficiente para combater o antissemitismo. A universidade de Columbia, assim como outras universidades americanas, está sendo acusada de apoiar o antissemitismo.



Segundo a AP, Shafik explicou que “nos próximos dias, um grupo de trabalho composto por reitores, administradores escolares e professores tentará encontrar uma solução para a crise universitária em Columbia”.


Shafik foi instada pelos republicanos da Câmara de Nova York a renunciar, na segunda-feira, alegando que ela não conseguiu fornecer um ambiente seguro de aprendizagem nos últimos dia, pois “a anarquia tomou conta do campus”.


Em Harvard Yard, em Cambridge, um cartaz dizia que esta parte do campus estava fechada ao público a partir de segunda-feira (22), e afirmava que estruturas, incluindo tendas e mesas, só eram permitidas no pátio com autorização prévia. “Os alunos que violarem essas políticas estão sujeitos a ações disciplinares”, dizia a placa.



No mesmo dia, foi divulgado uma declaração do Comitê de Solidariedade à Palestina de Graduação de Harvard – grupo acusado de apoiar supostamente o antissemitismo universitário – declarou que a administração da universidade suspendeu seu grupo após seus integrantes serem colocados em liberdades condicionais.


O comitê antissemita disse que “Harvard mostrou-nos repetidamente que a Palestina continua a ser a exceção à liberdade de expressão”.


Segundo Christian Bruckhart, porta-voz da polícia de New Haven, cerca de 45 manifestantes antissemitas foram presos acusados de invasão de propriedade. Todos foram soltos com a promessa de comparecerem ao tribunal brevemente.



Na sexta-feira, os manifestantes montaram tendas na Beinecke Plaza e protestaram no fim de semana, exigindo que a Yale para quaisquer investimentos a empresas de defesa que façam negócios com Israel ou com judeus – claramente um ataque antissemita.


Após as prisões da segunda-feira, um grande grupo de manifestantes se reuniu em Yale e bloquearam uma rua próxima ao campus.


O estudante de pós-graduação do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Prahlad Iyengar, disse que “o MIT nem sequer pediu um cessar-fogo e essa é uma exigência que temos”. Iyengar estava entre os mais de vinte estudantes que montaram um acampamento no campus do MIT.


Fonte: Associated Press (AP)

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