Luxuoso sepultamento por cremação de 2.000 anos, descoberto na França, contém pistas sobre ritos funerários
- há 3 horas
- 2 min de leitura
Arqueólogos encontraram os restos mortais de uma pessoa cremada, além de moedas de prata e ouro, um copo de cerâmica, um frasco de vidro transparente e um anel com inscrições – danificadas pela cremação. A descoberta ocorreu inesperadamente quando arqueólogos escavavam um assentamento medieval em Lamonzie-Saint-Martin, no sudoeste da França. Eles notaram um sepultamento incomum ao escavarem sob silos medievais.
O indivíduo, assim como os objetos, fora enterrado em algum momento entre os séculos I e III d.C. O túmulo se trata de um “bustum”, uma prática funerária da época romana, onde o morto era cremado diretamente sobre a sua sepultura e imediatamente enterrado. O bustum encontrado é retangular, com cerca de 2,2 por 1,05 metros e estava repleto de artefatos funerários. Os pesquisadores acreditam que as lâminas de ouro também encontradas no sepultamento foram usadas para decorar uma bolsa ou estojo contendo moedas de prata e ouro.
Entre os artefatos encontrados está um amuleto de ouro da Roma Antiga chamado “bula”, que era entregue a meninos romanos nove dias após o nascimento e que eles usavam até atingirem a maioridade – por volta dos 16 anos.
Os arqueólogos também encontraram uma série de cristais em forma de losango, restos de couro cravejado de joias que se decompôs, assim como um longo objeto de ferro, que os pesquisadores acreditam ser parte de um freio de cavalo.
A tumba, rica e bem-preservada, levantou uma série de questões que os pesquisadores tentarão responder com análises posteriores. Eles explicam que serão realizadas análises nos ossos remanescentes para tentar determinar a idade do falecido no momento de sua morte e o sexo.
Um dos artefatos encontrados na tumba sugere origem grega.
