Notícia
Paul Flores durante seu julgamento por assassinato em 2022. Daniel Dreifuss. Divulgação.
O caso de assassinato da jovem Kirstin Smart permaneceu por décadas sem solução. Na última sexta-feira (10), foi divulgada a sentença condenando Paul Flores a 25 anos de prisão perpétua.
Paul Flores, de 45 anos, foi considerado culpado em outubro de 2022, pelo assassinato em primeiro grau da colega de faculdade Smart, estudante da California Polytechnic State University, com 19 anos no momento do desaparecimento em 1996. Seu corpo nunca foi encontrado, mas as autoridades afirmam que havia evidências suficientes para incriminar Flores por estupro ou tentativa de estupro antes de matar a caloura.
Em comunicado por escrito, o vice-promotor distrital, Christopher Peuvrelle, declarou que “depois de quase 27 anos de angústia indescritível, a família Smart viu finalmente o assassino de sua filha ser condenado”. No mesmo comunicado, o promotor distrital Dan Dow, do condado de San Luis Obispo, disse: “Hoje, nosso sistema de justiça criminal e de vítimas finalmente fez justiça para Kristin Smart, para a família Smart e para nossa comunidade do condado de San Luis Obispo”.
Kristin Smart, desaparecida em 1996, é retratada em uma foto sem data. FBI. Divulgação.
“Hoje, nosso sistema de justiça criminal e de vítimas finalmente fez justiça para Kristin Smart, para a família Smart e para nossa comunidade do condado de San Luis Obispo”, disse Dan Dow, promotor distrital do condado de San Luis Obispo, no mesmo comunicado. “Hoje, justiça atrasada não é justiça negada.”
Em outubro de 2022, um júri considerou Flores culpado pelo assassinato de Smart. Outro júri absolveu seu pai Ruben Flores – acusado de ajudar a esconder o corpo – das acusações de ser cúmplice de assassinato.
Flores e seu pai foram presos em 2021, pelo xerife Ian Parkinson, do condado de San Luis Obispo – 25 anos depois de Smart ser vista com vida pela última vez.
Na sexta-feira (10), antes da sentença, a família de Smart entregou declarações impactantes. Segundo o jornal local, seu pai, Stan Smart, desabafou: “Este é o pior pesadelo de um pai – o desaparecimento e a morte de seu filho..., e agora ela nunca poderá ter uma vida plena”.
Foi dito ao júri, durante o julgamento, que Smart foi vista pela última vez caminhando ao lado de Flores, seguindo para o dormitório depois de uma festa em maio de 1996.
Após interrogar uma nova testemunha, em 2019, os detetives obtiveram uma ordem judicial para monitorar o celular e as mensagens de Flores. No ano seguinte, eles realizaram buscas nas casas de Flores e de sua família.
Em março de 2021, em uma nova busca, os arqueólogos a serviço da polícia encontraram uma mudança no solo do tamanho de um caixão, com sangue humano, sob o piso da casa do pai de Flores. Não foi possível extrair uma amostra de DNA do sangue devido a sua degradação, entretanto, os promotores acreditam que a “sepultura clandestina” havia abrigado os restos mortais de Smart.
Em entrevista ao jornal San Luis Obispo Tribune, a mãe de Smart descreveu como “doloroso” o desaparecimento de sua filha e que a recusa de Flores em revelar o local onde está o corpo de sua filha era “uma dor cruel e visceral que ninguém deveria ter que suportar”.
De acordo com as autoridades, as investigações continuarão para localizar o corpo de Smart. O xerife Parkinso disse em um comunicado que “não pode haver justiça verdadeira até que Kristin se reúna com sua família. Esta investigação não será encerrada até encontrarmos ela”.
Fonte: Washington Post