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Rússia derruba drone dos EUA em uma clara ‘sinalização’ hostil de Moscou

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Rússia derruba drone dos EUA em uma clara ‘sinalização’ hostil de Moscou - História em Destaque

Drone americano MQ-9 Reaper de US$ 32 milhõe. Reprodução.


Segundo o governo dos EUA, duas aeronaves de guerra russas SU-27 assediaram e derrubaram na terça-feira (15) um drone americano não tripulado MQ-9 Reaper de US$ 32 milhões quando sobrevoava águas internacionais, forçando-o a cair no Mar Negro.



Apesar de o governo russo ter negado de forma veemente a derrubada do drone e afirmado que ele caiu sozinho, um relatório da RAND Corporation divulgado no ano passado sugere que esse ocorrido pode estar ligado ao conhecimento do uso de estratégias coercitivas de Moscou.


Esse relatório usou dados coletados em 2020, e mostra que a Rússia usa “sinais coercivos para enviar mensagens direcionadas sobre atividades que considera problemáticas”. Os dados são de muito antes da invasão da Ucrânia.


O relatório descobriu uma correlação direta com o aumento do comportamento hostil do governo russo na região, como agressão marítima no Mar Negro e exercícios rápidos, em períodos em que os EUA e países integrantes da OTAN estão envolvidos atividades mais intensas.



"A sinalização de dissuasão da Rússia parece ser deliberadamente previsível", constatou o relatório. "Há, portanto, uma linha entre as práticas russas de compulsão - tentativas de forçar uma mudança no comportamento dos EUA ou aliados - e dissuasão."


O Pentágono não revelou como reagirá ao incidente, mas alertou o governo russo contra uma escalada de condutas perigosas antes que o Departamento de Estado convocar o embaixador russo. Na manhã de quarta-feira, o secretário de Defesa Lloyd Austin abordou a questão e disse: “Não se engane: os EUA continuarão a voar e operar onde quer que a lei internacional permita”.


Em tom de aviso, Austin acrescentou: “Cabe à Rússia operar suas aeronaves militares de maneira segura e profissional”.



O ocorrido deixa as autoridades de defesa ocidentais preocupadas sobre como isso poderia aumentar a tensão da guerra na Ucrânia e além de suas fronteiras. O general Anthony J. Tata, brigadeiro aposentado do Exército dos EUA, disse que o suposto ataque foi em parte uma resposta a mudança na política de compartilhamento de inteligência dos Estados Unidos com a Ucrânia.


Tata falou à Fox News que: “O aspecto menos discutido do envolvimento dos caças russos e do drone MQ-9 Reaper da Força Aérea dos Estados Unidos é a aparente mudança de política de fornecer inteligência diretamente à Ucrânia, o que obviamente exige que os Estados Unidos implantem recursos de coleta de inteligência nas proximidades das forças russas”.


No início da guerra, relatórios indicavam que o governo americano tinha limitações ao tipo de inteligência que compartilharia com a Ucrânia. Essa inteligência incluiria a disponibilidade de informações que ajudariam o governo ucraniano a mirar com precisão as principais autoridades russas.



Entretanto, relatórios encontrados no final de 2022, citando altos funcionários do Pentágono, indicam que o governo Biden havia expandido suas políticas de compartilhamento de inteligência para ajudar a Ucrânia. "O incidente do jato Reaper é a última mancha de gelo na inclinação em direção à OTAN e ao envolvimento militar direto dos Estados Unidos na invasão russa da Ucrânia", acrescentou Tata.



Fonte: Fox News

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