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200 anos de Independência - Carlota Joaquina

Atualizado: 29 de out. de 2022

Matéria


Dona Carlota Joaquina, Princesa do Brasil - História em Destaque


Carlota Joaquina Teresa Caetana nasceu no Palácio de Aranjuez, Espanha em 1775. Ela foi esposa do rei D. João VI e Rainha Consorte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Filha mais velha do rei Carlos IV da Espanha e da princesa Maria Luísa de Parma, casou-se com o infante Dom João de Portugal em 8 de maio de 1785 – à época com 17 anos.


Seu casamento sempre foi conflituoso, se envolveu em polêmicas na Corte, interferindo na política e impondo suas vontades. Carlota Joaquina foi acusada de se unir a aristocratas e conspirar contra seu marido em 1805, alegando sua inépcia mental para governar. Quando a trama foi descoberta, ela foi mantida no Palácio Queluz, em Portugal, longe do convívio social, recebendo o apelido de a “Megera de Queluz”. Entretanto, quando Napoleão Bonaparte iniciou o bloqueio continental e as invasões francesas em 1807, a Corte portuguesa foi obrigada a mudar-se para o Brasil.



No Brasil, Carlota Joaquina com seus costumes liberais os membros da corte, conservadores com relação ao comportamento feminino. Por causa de seus hábitos, ela foi acusada pelo povo de promiscuidade. Carlota Joaquina passou alguns anos afastada da política do Brasil, e viveu em palácio separado de seu marido D. João VI, encontrando-se apenas em ocasiões solenes.



O casal real foi forçado a retornar para Portugal em 1821, após o início da Revolução Liberal do Porto. D. João VI, temendo ser assassinado, nomeou para sua sucessão um conselho regente presidido pela sua filha Isabel Maria de Bragança, algo inédito, já que a sucessão ia para a viúva como regente em caso de menoridade ou ausência do herdeiro no país. Carlota Joaquina recusou-se a assinar a Carta Constitucional e se uniu ao clero e à nobreza em novas conspirações. Como castigo, foi isolada na Quinta do Ramalho. Quando D. João VI faleceu, em 1826, Carlota Joaquina apoio seu filho Miguel em um golpe contra a rainha dona Maria II, filha de dom Pedro I, mas a tentativa de tomar o poder fracassou, e Carlota Joaquina foi confinada em Queluz, onde morreu em 7 de janeiro de 1830, abandonada pelos filhos. Ela foi sepultada no mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, ao lado do marido.



Carlota Joaquina se transformou em uma importante figura histórica e cultural brasileira, sendo o assunto de diversos livros, filmes e outras mídias.



Fonte: Biblioteca Nacional Digital

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