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Qual é o verdadeiro sentido do Natal?

Atualizado: 28 de ago. de 2024


Qual é o verdadeiro sentido do Natal? - História em Destaque

O nascimento do nosso salvador. Library of Congress. Domínio Público.


Quando chega o final do ano, especialmente no mês de dezembro, vemos enfeites e luzes tomarem conta das ruas das maiorias das cidades. Árvores de Natal, bolinhas e luzes decoram shoppings e pinheiros verdadeiro e de plástico. O velho Papai Noel ressurge após um ano, assim como as guirlandas. E se o verdadeiro significado do Natal estivesse escondido entre tudo isso?


A tendência dessas decorações é causar distração e nos afasta do real sentido da celebração.


Cada um pode ver o Natal e seu sentido de maneira distinta: para uma criança, é o momento de receber presentes; para o comerciante, é a melhor época para aumentar os lucros; para a mãe, é data para preparar aquela receita anual que a família ama. Há também aqueles que no dia precisam trabalhar, aqueles que perderam alguém próximo, aqueles que não celebram por falta de dinheiro ou de saúde.


O sentido do Natal

Ao longo do tempo, os votos natalinos ("Feliz Natal") foram perdendo a dimensão por muitos contemporâneos. Mas, essa saudação precisa ser melhor pesquisada para revelar o que ela realmente pretende transmitir.


Inicialmente, é imprescindível entender o significado da palavra "Natal". Essa é uma palavra existente em português desde o século XIII, vinda da derivação do latim natalis, que significa nascimento. A variação em inglês é outra. Christimas evoluiu de Christes mæsse (Christ’s mass) que significa missa de Cristo.


A festa natalina é de caráter religioso cristão, onde todos os anos se comemora o aniversário de nascimento de Jesus Cristo. Essa tradição traz também o mistério da Encarnação do próprio Deus.


Alguns setores tentam separar a religiosidade do verdadeiro sentido do Natal, mas isso é impossível. Se isso ocorresse, a festa cristã se tornaria apenas um feriado comercial que acontece uma vez por ano. Sendo assim, é necessário entender o cristianismo para compreender o sentido do Natal, para não ficar apenas nas trocas de presentes.


A tradição cristã, o direito romano e a filosofia grega são os três pilares da Cultura Ocidental. A sociedade é sustentada por este tripé, mesmo aqueles que não creem vivem nela. Portanto, para a explicação do sentido do Natal é indispensável observar alguns conceitos-chave.


Em quase todo o mundo, o Natal é comemorado e nos ajuda a lembrar a Expiação de Jesus Cristo. Lembramos com gratidão que Jesus aceitou a missão de vir à Terra mesmo sabendo que isso significaria sofrimento e morte por nós. É por esse motivo que chamamos Jesus de nosso Salvador. Porque ele pagou o preço de nossos pecados e venceu a morte. A chamada Expiação, é o acontecimento mais importante que já houve.


A Bíblia nos mostra que o homem traiu a Deus. Segundo a cultura cristã ocidental, a humanidade estava decaída, incapaz de se reerguer por si só. "E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque os seus atos eram maus". (João 3:19).


A essência da celebração natalina

Os cristãos celebram a vinda de Deus encarnado à Terra. Eles acreditam que estão decaídos e precisam de serem resgatados por Deus, e creem que Jesus Cristo – que nasceu em Belém – é o Salvador que veem ao encontro das ovelhas desgarradas.


É nesse cenário que a alegria, a festa e a felicidade são compreendidas. Os cânticos e alegria não seriam necessários se não houve a necessidade de auxílio.


Por que essa tradição tão antiga possui sentido até os dias atuais?

O grande mistério do Natal é que Deus – criador de todas as coisas – visitou sua criação na forma humana. Para os crentes, Jesus Cristo é o Deus que se fez homem. Mas o Natal não é apenas vivido pelos cristãos, há também vários não-cristãos que vivem essa festividade e tradição.


A tradição do Natal se expandiu pelas sociedades, gerando importantes ações. A principal delas é a caridade.


Ao receber a mensagem de que Deus é o Pai de todos, as pessoas passaram a tratar-se umas às outras como irmãs. Esse é um dos sentidos do Natal que segue firme até hoje. Como cristãos, fomos ensinados sobre a caridade através dos Evangelhos e de várias ações evangelistas. A caridade era considerada por São Tomás de Aquino "a mais excelente das virtudes".


O sentido da caridade é o amor e compreende o nosso amor por Deus e pelos nossos semelhantes. "O hábito da caridade estende-se não só ao amor de Deus, mas também ao amor ao próximo". (Tomás de Aquino)


Na teologia cristã, a caridade é uma das três virtudes teológicas, incluindo a fé e a esperança. "A caridade é uma virtude divinamente infundida que nos permite concentrar a nossa vontade em valorizar a Deus acima de todas as coisas". (David Bethuram, 2020).


A cultura foi transformada a partir do ensinamento da harmonia e da união entre pessoas que vivem em proximidade – a fraternidade. Esta é a base que explica que todos são iguais em honra. Pois a tradição cristão ocidental ensina que a salvação é universal.


O sentido do Natal pode ser compreendido por todos, mesmo que a fé em Jesus Cristo não seja seguida, e continuará a ser um sinal de união.


A controvérsia pagã sobre a origem da celebração de Natal

Em dezembro, antes do aparecimento da celebração cristã, ocorria a festa do sol vencedor – o Dies Natalis Solis Invicti. Algumas fontes sugerem que o dia 25 de dezembro foi usurpado pelos cristãos para cristianizar a festa pagã. Essa festividade ocorria no hemisfério norte durante o solstício de inverno, para celebrar a vitória do sol sobre o gelo e as trevas.


Tardiamente, a celebração do nascimento de Jesus Cristo foi ensinada pelos autores da Idade Média como uma escolha da Igreja que considerava Jesus o verdadeiro sol. No entanto, não há um único documento que ampare que os primeiros cristãos escolheram a data de 25 de dezembro para cristianizar a festa pagã – o Dies Natalis Solis Invicti.


Apresentaremos aqui outras razões para a escolha desta data.


Porque comemoramos o Natal no dia 25 de dezembro?

A data do nascimento de Jesus Cristo é incerta, mas tradições assinalam para o dia 25 de dezembro. Em seus estudos, o Monsenhor Nicola Bux – a partir de informações da Bíblia – revelou que Zacarias desempenhava atribuições de sacerdote nos últimos dias de setembro, momento da anunciação do nascimento de seu filho João Batista.


Disto apresento o seguinte:

  • O anjo Gabriel apareceu para Zacarias enquanto ele orava no templo: "E ali lhe apareceu um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do incenso". (Lucas 1:11). A passagem conta que Zacarias ficou assustado, mas o anjo lhe disse: "Não temas, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e tua esposa Izabel te dará um filho, e tu chamarás o seu nome de João". (Lucas 1:13). Este fato teria ocorrido no dia 23 de setembro;

  • Seis meses depois, o mesmo anjo foi enviado por Deus a Nazaré para anunciar a Maria que ela seria mãe de Jesus Cristo. "E, no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré," (Lucas 1:26). E o anjo falou a Maria: "E, eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e lhe darás o nome de Jesus." (Lucas 1:31);

  • Após a revelação, Maria passou um tempo com sua prima Isabel. "E Maria ficou com ela em torno de três meses, e depois voltou para sua própria casa." (Lucas 1:56). No dia 24 de junho, João Batista nasceu. "Ora, completou-se o tempo de Isabel para o parto; e ela teve um filho." (Lucas 1:57);

  • Finalmente, seis meses depois, Maria pariu o menino Jesus, no dia 25 de dezembro. "E aconteceu que, estando eles ali, cumpriram-se os dias para o parto." (Lucas 2:6).


Santo Hipólito de Roma foi o primeiro a afirmar – no século III – que o nascimento de Jesus aconteceu no dia 25 de dezembro. Como há variações nas tradições, registros antigos mostram que cristãos no Egito comemoravam o Natal em 6 de janeiro. O escritor e teólogo Clemente de Alexandria sugeriu que fosse comemorado no dia 18 de novembro e um pseudo-Cipriano propôs que ocorresse no dia 38 de março.


Em 350 d.C., a celebração de Natal foi definida pelo Papa Júlio I, e comemorado em 25 de dezembro a cada ano. E a partir de 529 d.C., o feriado cristão passou a fazer parte do calendário mundial quando o Imperador Justiniano fez dele um feriado nacional.


Com o passar do tempo, houve uma apropriação da tradição natalina por parte do marketing, mudando a percepção do verdadeiro significado do Natal.


O envolvimento da Coca-Cola no marketing do Natal

A figura do Papai Noel como a conhecemos hoje é invenção direta da agência de marketing da Coca-Cola.


O bom velhinho era representado desde 1920, de um modo mais sério, nada além de homens fantasiados. Em 1931, a Coca-Cola contratou um executivo de uma agência de publicidade chamado Archie Lee, para mudar a aparência do Papai Noel.


Papai Noel da Coca-Cola. Haddon Sundblom.


Lee queria o bom velhinho com uma imagem mais realista e simbólica. Esse trabalho ficou por conta do ilustrador Haddon Sundblom. Ele foi buscar inspiração no poema de Clement Clark Morre (1822), para criar as imagens publicitárias:


"A visit from St. Nicholas (Véspera de Natal)

Era véspera de Natal, e nada na casa se movia,

Nenhuma criatura, nem mesmo um camundongo;

As meias com cuidado foram penduradas na lareira,

Na esperança de que Papai Noel logo chegasse;

As crianças aconchegadas, quentinhas em suas fronhas,

Enquanto rosquinhas de natal dançavam em seus sonhos;

Mamãe com seu lenço, e eu com meu gorro,

Há pouco acomodados para uma longa soneca de inverno;

Quando no jardim começou uma barulhada,

Eu pulei da cama para ver o que estava acontecendo.

Para fora da janela como um raio eu voei,

Abri as persianas, e subi pela cortina.

A lua no colo da recém-caída neve,

Dava um lustro de meio-dia em tudo em que tocava,

Quando, para meus olhos curiosos, o que apareceu:

Um trenó miniatura, e oitos renas pequenininhas,

Com um motorista velhinho, tão alerta e muito ágil,

E eu soube, na mesma hora, que era o Papai Noel.

Mais rápido que uma águia vinha pelo caminho,

E assobiava, e gritava, e as chamava pelo nome;

Agora, Dasher! Agora, Dancer! Agora, Prancer e Vixen!

Venha, Comet! Venha, Cupid! Venham, Donder e Blitzen!

Por cima da sacada! Para o topo do telhado!Agora fora, depressa!

Fora todos, bem depressa!”Como folhas revoltas antes do furacão,

Sem encontrar obstáculos, voaram para o céu,

Tão alto, acima do telhado voaram,

O trenó cheio de brinquedos, e Papai Noel nele também.

E então num piscar de olhos, ouvi no telhado

O toque-toque e o arrastar dos casquinhos.

Como um desenho em minha cabeça, assim que virei

Descendo a chaminé Papai Noel vinha resoluto

Todo vestido de peles, da cabeça até os pés,

E com a roupa toda manchada de cinzas e carvão;

Um saco de brinquedos em suas costas,

Parecia um mascate ao abrir o saco.

Seus olhos – como brilhavam! Suas alegres covinhas!

Suas bochechas como rosas, seu nariz como uma cereja!

Sua boquinha sapeca curvada para cima como num arco,

A barba em seu queixo tão branca como a neve;

O cabo do cachimbo bem preso em seus dentes,

A fumaça envolvendo sua cabeça como uma guirlanda;

Tinha um rosto redondo e uma barriga grande,

Que sacudia, quando ele sorria, como uma tigela de geleia.

Era gordinho e fofo, um perfeito elfo velhinho e alegre,

E eu ri quando o vi, sem poder evitar;

Uma piscada de olhos e um meneio de cabeça,

Na hora me fizeram entender que eu nada tinha a temer;

Não disse uma só palavra, mas voltou direto ao seu trabalho,

E recheou todas as meias; então virou no pé,

E colocando o dedo ao lado do nariz,

Acenando com a cabeça, a chaminé escalou;

Pulou em seu trenó, ao seu time assobiou,

E para longe voaram, como pétalas de dente-de-leão.

Mas ainda o ouvi exclamar, enquanto ele desaparecia "Feliz Natal a todos, e para todos uma Boa Noite!"


Entre 1931 e 1964, o Papai Noel foi representado sendo amigável, gorducho e humano, e já aparecia entregando presentes, inclusive Coca-Cola. As pinturas de Sundblom foram parar em outdoors, calendários e até bonecos. Em 1964, surgiu a versão final. Muitas das obras originais estão em exibição no museu World of Coca-Cola em Atlanta, Georgia.


Para pintar o Papai Noel, Sundblom se baseou em seu amigo Lou Prentiss, um vendedor aposentado. As crianças retratadas ao redor eram as da vizinhança.


Mas essa apropriação não foi exclusividade da Coca-Cola, outras empresas fizeram o mesmo. Com isso, vender ficou cada vez mais fácil. Atualmente, as propagandas de venda começam pelo menos três meses antes do Natal. Essas estratégias abrangem cupons, incentivo ao consumismo, descontos e caracterização.


O Natal sem o Papai Noel

A verdadeira história do Natal não encontra espaço em propagandas. Me vários lugares, a mesão causa controvérsia. Tudo isso iniciou-se no tempo do Imperador César Augusto, na província da Judeia, em Belém. O nascimento do filho de Deus que mudou a história da humanidade, e dividiu o tempo em antes e depois de Cristo.


Esse evento – o nascimento de Jesus – é narrado no Novo Testamento, principalmente nos Evangelhos de Lucas e de Mateus.


Esses relatos falam que durante a gravidez de Maria, ela e seu marido José tiveram que viajar para Belém para apresentar-se ao censo romano do Imperador César Augusto. "E José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, até a cidade de Davi, que é chamada Belém, (porque ele era da casa e da linhagem de Davi)". (Lucas 2:4).


São mencionados nos relatos bíblicos os Reis Magos vindos do Oriente. "E, entrando na casa, eles viram o menino com Maria, sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra." (Mateus 2:11). Também são mencionados anjos e pastores que surgiram para adorar o Menino. "E aconteceu que, quando os anjos foram embora para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos agora até Belém, e vejamos estas coisas que aconteceram, e que o Senhor nos fez saber." (Lucas 2:15)


Mas, antes dos Reis Magos encontrarem Jesus na manjedoura, eles estiveram com o rei Herodes, questionando sobre o nascimento do novo rei. "Dizendo: Onde está aquele que é nascido REI DOS JUDEUS? Pois nós temos visto a sua estrela no Oriente, e viemos para adorá-lo." (Mateus 2:2)


Quando Herodes ordenou a morte de todos os meninos com menos de 2 anos, José foi avisado por um anjo em sonho. Então ele, Maria e o Menino fugiram para o Egito. "E lá permaneceu até a morte de Herodes, para que pudesse se cumprir o que foi dito pelo Senhor através do profeta, dizendo: Do Egito chamei o meu Filho." (Mateus 2:15)


Os significados importantes do Natal para todos

Humildade

As Sagradas Escrituras nos mostram que o filho de Deus teve um nascimento pobre em vez de surgimento glorioso, destacando o valor da humildade.


O Nascimento de Jesus Cristo tem grande simbologia, como, por exemplo, a manjedoura, que nos lembra que devemos ser humildes. Ao nascer, o filho de Deus repousou no lugar usado para alimentação dos animais em um estábulo. Não foi em um berço em algum palácio ou castelo.


Esperança

Eram tempos difíceis e a família Juses foi perseguida pelo rei Herodes. No Evangelho de Mateus, ele conta como José ficou sabendo do desejo de Herodes de encontrar a criança e assassiná-la. "… eis que o anjo do Senhor apareceu em sonho a José dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e permanece lá até que eu te informe, pois Herodes há de procurar o menino para matá-lo." (Mateus 2:13). Mas, não só a família do Salvador sofreu com a perseguição de Herodes nessa época.


Tentando eliminar a suposta ameaça (o Menino Jesus), o rei ordenou o assassinato de todos os meninos abaixo de dois anos. "Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos homens sábios, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todas as suas fronteiras, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos homens sábios." (Mateus 2:16). Mesmo tendo seu nascimento ocorrido em meio às trevas, Jesus foi um sinal de luz.


Portanto, a importância da esperança está intrínseca no significado do Natal.

O nascimento do Menino Jesus que celebramos na época do Natal nos oferece esperança em nossos momentos difíceis. Encontramos esperança na “boa nova de grande alegria, que será para todo o povo." (Lucas 2:10).


O período do Natal é o momento perfeito para concentrarmos nosso coração e nossa mente no aniversário do Menino Jesus e na mensagem de esperança que seu evangelho traz ao nosso coração.


Despojamento

A história do nascimento de Jesus nos ensina que ele, mesmo sendo o Deus encarnado, nasceu pobre em uma manjedoura. Esse fato demonstra o valor dos bens não materiais, que modelam o indivíduo, pelo que ele é, não pelo que ele tem.

«Jesus nasceu na humildade dum estábulo, no seio duma família pobre. As primeiras testemunhas deste acontecimento são simples pastores. E é nesta pobreza que se manifesta a glória do Céu» (CIC, 525).


A dádiva do Amor

Na época do Natal, os seres humanos contemplam o amor envolvido em toda a história.

Deus conhece nossas provações, nossos anseios, nossas imperfeições e nossas perdas. O Amor foi a maior dádiva que poderíamos receber do Pai.

"Porque Deus amou tanto ao mundo que ele deu o seu Filho unigênito, para que todo que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16).

Foi o amor de Jesus por todas as coisas que o fez se entregar para ser crucificado. Ele deu voluntariamente a sua vida por nós.


Família

Em um mundo divido, onde negros são colocados contra os brancos, os homens contra as mulheres, filhos contra pais e pais contra filhos, a importância da família unida nasce como um modelo universal.

No Evangelho de Marcos, vemos a simbologia e o valor da família:

“Por isso deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua esposa;”

"e eles dois serão uma só carne; e assim não são mais dois, mas uma só carne."

"Portanto, o que Deus uniu, nenhum homem o separe."

(Marcos 10:7-9)


Símbolos natalinos e seus significados

Os símbolos tradicionais do Natal estão em lojas, casas, igrejas e shoppings nesta época todos os anos. Mas o que cada um deles significa, qual a real mensagem que eles transmitem?

Papai Noel

A imagem moderna do Papai Noel foi popularizada mundialmente pelos EUA e graças a uma campanha da Coca-Cola em meados do século XX.


Sua figura lendária e a tradição de dar presentes remontam aos colonos holandeses nos Estados Unidos. Durante o século XVIII, estes imigrantes se estabeleceram no que hoje é a cidade de Nova York, e trouxeram a lenda de Sinterklaas e o costume de presentear as crianças na véspera do dia 6 de dezembro. A Coca-Cola transformou o bispo cristão no Papai Noel com barba branca e chapéu vermelho que quase todo o mundo reconhece hoje.


A figura do bom velhinho foi inspirada em uma pessoa real: São Nicolau, um bispo que viveu no século III, e tinha o costume de presentear as crianças.


Ele foi canonizado devido a sua caridade com as crianças pelos milagres a ele atribuídos. São Nicolau tornou-se um símbolo do Natal, e ligado diretamente ao Menino Jesus.


Presépio

O termo Presépio vem do latim Praesaepe, que significa estábulo, manjedoura ou estrebaria. O nascimento do Menino Jesus na estrebaria demonstra, ao mesmo tempo, a grandeza de Deus e a sua simplicidade.


A tradição foi criada em 1223 d.C., por São Francisco de Assis. O primeiro presépio foi montado por ele em uma gruta, na Itália. São Francisco de Assis acreditava que o povo deveria relembrar a natividade de Jesus Cristo.


Ao longo do tempo, a tradição foi se expandido, e o presépio passou a ser montado em outras igrejas e nas casas das pessoas.


Árvore de Natal

Todo mês de dezembro, as pessoas em todo o mundo se dirigem às lojas, adquirem uma árvore, as levam para casa e enfeitam-na, ou se deslocam até uma floresta (na América do Norte e Europa), derrubam uma árvore, levam-na para casa, enfeitam-na com luzes e enfeites.


Não se sabe ao certo quando e onde teve início esses costumes, que se transformou na tradição atual. Embora a tradição das árvores de Natal esteja por todo o mundo, suas origens remontam a regiões com abundantes florestas de pinheiros, especialmente no norte da Europa.


Em quase todas as culturas, a árvore é um símbolo da vida. Ela está presente em Gênesis, quando Deus “faz crescer toda árvore que é agradável à vista, e boa para alimento; também a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal." (Gênesis 2:9). Também no livro do Gênesis aparece como a árvore do conhecimento: "mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela tu não comerás. Pois no dia em que dela comeres, tu certamente morrerás." (Gênesis 2:17).


A árvore de Natal, apontando para o céu como uma seta, é sinal de reconciliação e de vida. Ela é considerada pelos cristãos como um dos mais belos e adorados símbolos do Natal, propagado por todo o mundo.


Estrela de Natal

A estrala de Natal, geralmente colocada no topo da árvore, relembra a Estrela de Belém, que na Bíblia Sagrada, é descrita como uma estrela que guiou os reis magos até a manjedoura (local onde o Menino Jesus foi colocado ao nascer).


Ela também é conhecida como “Estrela Guia”, que na tradição cristã, revelou o local de Nascimento de Jesus Cristo.

"Ora, tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, eis que alguns homens sábios vieram do Oriente à Jerusalém,"

"dizendo: Onde está aquele que é nascido REI DOS JUDEUS? Pois nós temos visto a sua estrela no Oriente, e viemos para adorá-lo."

"Ouvindo estas coisas, o rei Herodes ficou preocupado, e toda Jerusalém com ele."

"E quando ele tinha reunido todos os principais sacerdotes e escribas do povo, ele exigiu deles onde Cristo deveria nascer."

(Mateus 2:1-4)


Presente de Natal

O significado dos presentes de Natal relembra o momento do Nascimento de Jesus, quando ele foi presenteado pelos reis Magos: "E, entrando na casa, eles viram o menino com Maria, sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra." (Mateus 2:11).


Os teólogos cristãos sugerem que os presentes carregam uma simbologia, onde o ouro representa o reconhecimento de Jesus com rei; o incenso, refere-se a sua divindade; e a mirra, à sua humanidade.


As velas

Assim com a árvore, as velas significam a vitória sobre as trevas; a luz que irrompe a escuridão. Ela norteia pelo caminho da esperança. O mundo, perdido em pecado, estaria na escuridão; Jesus é considerado a luz, aquele que tira o pecado do mundo.


Guirlandas

O costume de pendurar os enfeites (folhas, frutos ou ramagens entrelaçadas) vem de uma tradição pagã, onde os moradores penduravam as guirlandas nas portas, em sinal de boas-vidas aos deuses para ter boas colheitas, e reunir o máximo de provisões para o inverno.

 

Na tradição cristã, a guirlanda é um sinal de alegria e esperança. E espera-se a visita do próprio Jesus Cristo.


Ceia de Natal

A Ceia natalina representa a união da família, simbolizando a união e a confraternização.

A celebração natalina tem profundas raízes não só no catolicismo romano, mas também, no paganismo. Povos pagãos preparavam uma versão básica do banquete natalino em comemoração ao solstício de inverno. De acordo com alguns historiadores, isso ocorria antes mesmo do Império Romano.


O vinho é o elemento de destaque na ceia natalina. Ele também é considerado a bebida oficial das celebrações cristãs. O momento do brinde com taças remete ao desejo de paz e união entre as pessoas.



Bibliografia

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E. STEVENSON, Élder Gary. Natal significa esperança, paz e amor. 4 dez. 2023. Disponível em: https://www.churchofjesuschrist.org/study/liahona/2023/12/04-christmas-means-hope-peace-and-love?lang=por. Acesso em: 13 dez. 2023.


CANÇÃO NOVA. Conheça a história e o significado do presépio. 23 dez. 2014. Disponível em: https://noticias.cancaonova.com/brasil/conheca-a-historia-e-o-significado-do-presepio/. Acesso em: 13 dez. 2023.


ALVES, Pe. Anderson. Origem e Significado da Árvore de Natal: Pe. Anderson Alves. 22 dez. 2022. Disponível em: https://diocesepetropolis.com.br/origem-e-significado-da-arvore-de-natal-pe-anderson-alves/. Acesso em: 13 dez. 2023.

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